De repente, um acidente, e os olhos são atingidos. Qual será a medida mais acertada:
a) Lavar os olhos
b) Pingar um colírio
c) Colocar um tampão no olho machucado
d) Buscar atendimento de um oftalmologista imediatamente
e) Esperar, pois naturalmente o olho se recupera
Se você escolheu a letra D, está no caminho certo. Afinal, quem não é médico oftalmologista não tem conhecimentos nem equipamentos – para avaliar a extensão dos danos que os olhos podem ter sofrido. Mas, dependendo do tipo de acidente, antes mesmo de chegar ao médico é possível tomar algumas providências, que podem reduzir o potencial de dano.
Vejamos:
• Aranhão por unha, papel ou folha de uma planta: é comum que a pessoa sinta dor, lacrimejamento e fotofobia (sensibilidade excessiva à luz). Como não é possível sem equipamento próprio avaliar a dimensão do dano, é importante buscar atendimento oftalmológico o mais rapidamente possível.
• Corpo estranho (limalha, areia, etc.): o incômodo, o lacrimejamento e a dor, são um alerta de que há um
“invasor” no olho. A primeira providência é lavá-lo com bastante soro fisiológico ou água. Caso o corpo estranho (ou mesmo apenas o incômodo) permaneça, deve-se procurar um oftalmologista para avaliar se a córnea foi arranhada.
• Produto químico (solventes, produtos de limpeza, abrasivos como soda cáustica): causam queimadura química ao entrar em contato com os olhos. As lesões por queimaduras químicas podem embranquecer a córnea, reduzindo a visão e até mesmo levar à cegueira. Por isso é importante lavar os olhos imediatamente, com soro fisiológico ou água, e procurar imediatamente um oftalmologista.
• Quedas, brigas e pancadas: podem causar os chamados “traumas fechados”. Não há perfuração do globo ocular, mas pode haver lesões como luxação do cristalino, hemorragias internas, fratura da órbita, etc..
Quando não há risco de vida, é importante que o paciente seja prontamente atendido por um médico oftalmologista, pois o atendimento por um médico generalista terá foco nos aspectos externos do acidente, sem uma pesquisa mais profunda dos possíveis danos na estrutura interna do olho, e estes traumas também podem levar à cegueira.
• Objeto pontiagudo: no caso de lesões superficiais na córnea, o paciente pode sentir dor e a visão embaçada, que chega a melhorar em até dois dias. Se o objeto perfurou – ou parece ter perfurado – o olho, a única medida a ser tomada é buscar imediatamente um hospital. É importante lembrar que objetos metálicos podem levar à perda total da visão em questão de dias, em função da oxidação do metal. Em hipótese alguma se deve tentar abrir o olho afetado, afastar as pálpebras ou pressionar a região.
Casos mais graves de trauma ocular representam risco de desenvolver uma catarata precoce ou até o descolamento de retina (região ocular responsável pela formação das imagens captadas pelo olho, bem como pela transmissão dessas informações para o cérebro). Esse quadro é considerado de urgência oftalmológica e o paciente pode precisar de cirurgia.
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